terça-feira, 13 de junho de 2017

47º dia - Adios Centro América - Destino Tapachula (México)

Dia 11 de junho de 2017.

Buenas, hoje é dia de despedida da América Central. Fazendo um balanço desses 6 países que passei, muito rápido diga-se de passagem, os que eu mais gostei foram a Costa Rica, Nicarágua e Guatemala.  A Costa Rica pela infra-estrutura e segurança que oferece aos turista. Não é a toa que é o destino preferido na América Central pelos norte-americanos, creio eu.

Já a Nicarágua e a Guatemala me agradaram pelo acervo cultural, digamos assim, representado pelas cidades coloniais muito bem conservadas (León e Antígua respectivamente) além das ruínas de Tikal, um dos maiores sítios arqueológico e centro urbano da civilização Maia. Sem falar também da Isla de Flores, um lugar onde o tempo parece que passa mais devagar.

O dia anterior tinha sido de muita chuva, então esperava para hoje uma saída debaixo de chuva porém, para minha surpresa, o dia amanheceu com sol entre nuvens - não chovia.

Sai às 08:30h com destino à fronteira com o México, à aproximandamente 350 km de distância.

Antígua fica à, aproximadamente, 1500 msnm, e à medida que se vai rodando em direção ao México, pela CA-1 (carretera Interamericana ou Panamericana) essa altitude vai aumentando até chegar aos 3.000 msnm. Nesse ponto, debaixo de chuva e neblina, a temperatura caiu à 10ºC.

Alguns quilômetros antes de eu atingir esse ponto (alto) da carretera, eu já havia parado duas vezes: a primeira para colocar uma segunda pele, pois o frio já estava começando a incomodar e a segunda para colocar a roupa de chuva.

Quando retomei a estrada após a primeira parada, a fim de colocar a segunda pele, acendeu um alerta no painel da moto: lâmpada queimada. Rodei mais alguns quilômetros e quando parei para colocar a roupa de chuva aproveitei e troquei a lâmpada queimada - eu sempre levo uma lâmpada reserva pois, desde que comprei a moto, essa é a terceira vez que tenho que trocar.

Foi muito bom ter substituído a lâmpada naquele momento pois, alguns quilômetros adiante, a neblina ficou tão densa que seria muito perigoso eu atravessar aquele trecho com aquela lâmpada queimada.

Um aviso luminoso (triângulo) e um aviso de LAMP: se não fosse esses recursos talvez eu tivesse entrado em uma situação de risco sem saber. 
Vejam que o termômetro da moto (abaixo do aviso LAMP) já está marcando 13.5ºC.
Viva a tecnologia!




Essa estrada é muito bonita mas infelizmente, sob as condições climáticas em que eu passei por ela, não pude admirar essa beleza.

Quando faltavam 70 km para chegar na fronteira com o México comecei a descer aquela formação, já sem chuva e/ou neblina, e aí deu para ter uma idéia de o quanto aquela região é bonita.

Cheguei na imigração/aduana da Guatemala (cidade de Tecun Uman)  às 15:10h. Os trâmites de saída da Guatemala foram muito rápidos, creio que não mais que 15 minutos. Tinha apenas um cambista no local e a cotação dele era muito desfavorável, resolvi então cambiar com ele somente os Quetzal da Guatemala que me restavam, deixei para cambiar os dólares amanhã, na cidade de Tapachula.

Depois disso atravessei uma ponte sobre o rio Suchiate e estava no México (Ciudad Hidalgo).

Fiz a fumigação da moto (65 Pesos Mexicanos) e depois fui fazer minha imigração e a importação temporária da moto. A imigração foi, como de costume, muito rápida. Quando fui fazer a importação da moto (pagar taxas no banco que fica dentro do posto aduaneiro) fui informado que o banco já estava fechado, desde às 17:00h.

Olhei para o meu relógio e ainda eram 16:05h. Acontece que quando você entra no México muda novamente o fuso horário, adiantando o relógio em 1 hora. Fui orientado então à me dirigir para outro posto de fronteira, o de Talisman, que ficava à 37 km ao norte e que o banco daquele posto funciona até às 22:00h.

Fui até o posto aduaneiro de Talisman, sendo advertido pelo pessoal da aduana a não desviar do caminho até lá, sob pena de apreensão da moto e multa por estar trafegando no México sem ter feito a importação temporária da moto, sendo aquele trajeto a única excessão permitida.

Lá chegando tinha um bando de "helpers", todos da Guatemala (no lado mexicano). Já tarimbado, driblei todos eles e fui direto ao Banjercito pagar as taxas e regularizar a situação da moto.

Foram os trâmites mais caros da viagem até agora. Cerca de USD 89,00 de taxas diversas e um depósito de USD 400,00 (paguei em "cash" mas pode ser pago no cartão de crédito) como garantia que eu não vou vender a moto em território mexicano. Esses USD 400,00 vão me ser devolvidos quando eu sair do México e entrar nos EUA.

Depois disso me dirigi à cidade de Tapachula e facilmente me instalei em um hotel no centro, que eu já havia previamente escolhido pela internet e marcado no GPS.

Na Guatemala já haviam me falado que, quando mais ao sul do México, mais barato é o custo de vida. Paguei 330,00 Pesos Mexicanos por uma "habitación" em um bom hotel e muito bem localizado na cidade. Isso equivale à USD 18,20 ou R$ 60,00.

O México me causou uma boa impressão nesse primeiro contato, não só pelas modernas instalações do posto fronteiriço, como também pelo atendimento do pessoal que ali trabalha. Inclusive a fiscal da aduana gentilmente fez uma fotocópia de um documento que eu precisaria apresentar no posto de Talisman e que não seria possível fazer em lugar nenhum em função de ser domingo e não ter nada aberto para fazer aquela cópia.

As estradas também que trafeguei, de onde eu estava até o posto de Talisman e de lá para a cidade de Tapachula foram impecáveis.

Meu próximo destino será a cidade de Acapulco onde quero ficar dois dias. A cidade fica a cerca de 1.100 km de onde estou. Pretendo fazer essa distância em dois dias de viagem - 550 km cada dia.

Vou dizer para vocês: me senti bem aqui no México!

Rodei nesse dia 346 km.
Coordenadas do hotel: N14° 54.535' W92° 15.843'


3 comentários:

  1. Tá muito legal a forma como tu vem descrevendo a tua aventura, já tá virando vício acompanhar os detalhes!! Abraço!!

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  2. E Viva o México!! Aproveitando a viagem con vc!!! Show Coimbra!!!

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