terça-feira, 18 de julho de 2017

72º dia - Destruction Bay (Canadá)

Dia 07 de julho de 2017.

Pegamos um táxi e fomos no depósito da Lynden pegar as motos. Creio que eram cerca de 9 horas da manhã. O Carlo já foi pronto, não tinha deixado nada no hotel - tinha pressa em partir para Anchorage.

Eu, o Roger e o Francisco ainda voltamos ao hotel para pegar o resto das nossas coisas. Dali fomos para a concessionária BMW. Eu precisava trocar o óleo e filtro da moto pois já estava chegando perto dos 10.000 km recomendados para a troca.

Chegando lá fui direto no balcão de serviços e falei o que queria. O atendente, que não era o mesmo que me atendeu quando troquei o pneu da moto, só faltou me bater.

Rispidamente falou que hoje não (não entendi porquê), que voltasse amanhã à partir dás  8 horas da manhã.

Nem perdi meu tempo tentando saber porquê, em plena sexta-feira eles não podiam executar o serviço.
Esperei o Roger e o Francisco chegarem da hotel e começamos a empreender nossa viagem de volta.

Eram 12:10h quando saímos da concessionária. Já na "Purple Heart Trail", agora em direção â cidade de Tok, aonde iríamos parar para abastecer.

Pegar asfalto com o "Zé Catapora" me assustou um pouco no começo. Do nada a moto começava a balançar a frente, começava a oscilar e eu tinha que diminuir a velocidade até ela estabilizar novamente. No início eu ficava bastante assustado com esse comportamento da moto mas depois fui me acostumando.

Logo no início da rodovia pude ver, vindo em sentido contrário ao nosso, um monte de caminhões militares, com pintura de camuflagem, alguns rebocando  peças de artilharia (obuses creio eu). Fiquei lembrando que quando chegamos em Prudhoe Bay estava passando na TV a notícia de que o ditador da Coréia do Norte estava comemorando o teste de um míssil balístico capaz de atingir o Alasca.

A cidade de Tok realmente tem vocação para reunir  motociclistas aventureiros. No posto que paramos para abastecer tinha uma BMW 1200GS Adventure com um casal e outra pessoa conversando. Quando passei perto deles, para parar em uma bomba de abastecimento, eles já falaram, ao ver a placa: "uau, é de Porto Alegre!!"

Era um casal de venezuelanos, que atualmente moram na Colômbia, e mais um amigo, mochileiro creio eu. Todos eles já tinham estado em Porto Alegre e se admiraram de ver uma moto com placa de lá, tão longe.

Conversamos um pouco, tiramos fotos, nos despedimos e paramos logo mais adiante para almoçar.


Aproximadamente 140 km depois de Tok, deixamos o estado norte-americano do Alasca e voltamos ao Canadá (Yucon). Os dois primeiros dias de nosso retorno vão ser pelas mesmas estradas de ida.

Se quiséssemos fazer um caminho diferente teríamos que descer até Anchorage, seria um caminho mais longo em direção aos EUA, e para mim até interessava pois teria passado dentro da área do Parque Nacional Denali, um dos pontos mais bonitos do Alasca, acredito eu.

Dentro desse parque também fica o monte McKinley, também conhecido como Monte Denali e que vem a ser a montanha mais alta na América do Norte, com uma altura de 6.190 msnm. É essa montanha que aparece no meu perfil do Facebook e também nos adesivos que mandei confeccionar.
Ironicamente, terminei por não ver ao vivo esse verdadeiro símbolo do Alasca.

Eu optei em seguir com o Roger e o Francisco pois tínhamos passados bons momentos juntos desde que formamos esse grupo e assim, rodaríamos mais uns 2 ou 3 dias juntos.

Logo que entramos no Canadá, na pequena localidade de Beaver Creek, encontramos o Ariel Gerardo, colombiano, que está a meses na estrada com sua valente Kawasaki Versis 650, rumo ao Topo do Mundo (Prudhoe Bay). Ele e o Roger já se conheciam.





Após o abastecimento, constatei que a placa da minha moto estava presa somente pelo arame que prende o lacre do Detran, ou seja, estava quase caindo. Com a trepidação de dias e dias na estrada, além do trecho da Dalton Highway ela foi quebrando justamente na parte que é aparafusada na moto. Prendi ela com uns pedaços de arame, mais umas fitas plásticas e a partir de agora tenho que diariamente verificar se essa gambiarra está funcionando.

Quando ainda estava em Porto Alegre, fazendo os preparativos para essa viagem, fui em um desses locais que confeccionam placas e, prevendo que isso poderia acontecer em algum ponto do trajeto, tentei fazer uma placa reserva para levar junto.

Impossível, pois existe um controle  que impede que esses locais forneçam placas, a não ser que seja para substituição, em um posto do Detran. Agora, se você é ladrão de carro e clonador, consegue com a maior facilidade.




Nossa intenção era pilotar até a cidade a cidade de Whitehorse mas como havíamos saído muito tarde de Fairbanks resolvemos parar em um hotel que havia em um posto de gasolina, em uma localidade chamada Destruction Bay, cerca de 190 km adiante.

Aqui, ainda, o sol brilha até bem mais tarde e a "noite" estava bonita, ensolarada, apesar de ser quase 22:00h.






Rodamos nesse dia 703 km.
Coordenadas do hotel: N61° 15.131' W138° 48.290'

5 comentários:

  1. Essa parte final, pra mim, foi a mais emocionante. Essa parte me dá coceira na mão, vontade de acelerar pra lá. Abraço. Canan.

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  2. kkkkk..... te entendo. Durante a fase preparatória, quando lia o blog de outros motociclistas também "viajava" assim.
    Abraços.

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  3. Cada dia uma nova emoção! Com certeza, nem tu imaginava o quanto seria bom tudo isso !!!

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  4. bom dia
    nao esta mais postando que aconteceu
    acompanhei vc desde que saiu de poa

    vou fazer essa viagem ano que vem gostarias de mais dicas

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